“A natureza em seu estado bruto”, assim pode ser descrito Ladainha que é tido com um dos dez municípios do estado com maior área de florestas preservadas. É mesmo de impressionar. Para todos os lados em que se olhe o verde estará presente. Isso sem falar da quantidade de água encontrada em abundância, o que torna este lugar um verdadeiro santuário ecológico, perfeito para a prática de atividades ligadas ao ecoturismo como trekink, cross, passeios de bicicleta, cavalgada ou mesmo um revigorante banho nos inúmeros rios, lagos e cachoeiras locais. Mas, sem dúvida, o que mais chama a atenção em Ladainha é a enorme pedra que se ergue da mata, visível de todos os pontos da cidade. Esta formação rochosa fica ainda mais linda quando apreciada da “ Ilha dos Caras”, como é conhecida a pousada que está implantada dentro de um lago na entrada de Ladainha, ou á partir da Usina Hidrelétrica, localizada há poucos metros da Ilha.
Mas não é só de ambientes naturais que Ladainha é rica. A história do município também contempla inúmeras preciosidades. Até hoje podem ser encontrados por aqui os vestígios da Estrada de Ferro Bahia-Minas, que foi construída por volta de 1882, no intuito de transportar a madeira que era extraída da região até o porto de Caravelas, já no estado da Bahia. Para ver de perto a herança destes tempos áureos é só ir até uma das construções deixadas pela Ferrovia, como a antiga estação, localizada na área central e hoje transformada em posto policial e terminal rodoviário; o pontilhão de ferro bem na entrada da cidade e com vista para a Ilha; o túnel por onde passavam a locomotiva Poxichá e seus vagões; e a oficina das máquinas, também situada próxima ao centro. O nome do município também merece destaque. Contam os antigos, que nas proximidades onde hoje está a cidade, residia um velho conhecido pela alcunha de “Podô”, sujeito assíduo rezador de terços que incluía sempre nas suas orações uma ladainha. Havendo a necessidade de ser dado um nome oficial à estação ferroviária que ali se instalara, os moradores então consultaram o Coronel José Ribeiro, que a título de brincadeira respondeu: “Ladainha do Podô”. Desse modo, não só a estação férrea ficou com o nome de ladainha, mas também o povoado e toda a região.
E se você quiser sentir um pouco mais da “alma” desta terra abençoada, não pode deixar de conhecer as fazendas que produzem a típica cachaça mineira, que aqui ainda vem cheias de história e causos pra contar. E se por um caso depois de uma dose ou outra lhe der vontade de ficar um pouco mais na cidade, não se preocupe. É NATURAL se apaixonar por Ladainha.
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